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Mostrando postagens de abril, 2016

A saudade que eu gosto de ter...

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A saudade que eu gosto de ter tem um nome, sobrenome, profissão, olhos curiosos, bobagens na bagagem e um coração que cabe um mundo inteiro. Tem os sonhos mais estapafúrdios, as ideias mais mirabolantes e os beijos mais delicados e amorosos. Tem um gosto artístico ora erudito ora brega, tem um sorriso contagiante e uma alegria que transborda. Contudo possui também, os olhos perdidos, a mente atribulada, a irritação típica de quem nasce sob a regência de Libra. A saudade que eu gosto de ter podia estar em um livro de fábulas infantis, mas tá pichado num muro de uma cidade qualquer ou num verso perdido de Leminski. Poderia ser fantasia, mas é realidade. 

Sobre trouxas que não são de roupas...

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Engraçado como as palavras da língua portuguesa podem possuir definições diversas. Até pouco tempo, por exemplo, trouxa significava, pelo menos pra mim, um amontoado de roupas, hoje, porém, se modernizou e transformou-se em um adjetivo chamado “trouxiane”. Há alguns dias, me pediram para escrever sobre isso, sobre como é ser trouxa nos relacionamentos. Sim, me pediram um conselho em forma de texto, logo a mim que sempre por vezes tenho os melhores ensinamentos pros outros e as piores ações pra vida. Mas vamos lá. Fazendo uma análise pessoal (cara, por sinal), com o tempo nós vamos dando conta que passamos a vida inteira querendo ser aceito por alguém. Pais, amigos, professores, colegas de trabalho, ser querido se tornou uma necessidade, um sinal de que você possui adjetivos suficientes para que seja amado pelos outros. E o pior é que a gente passa a vida querendo possuir justamente essas qualidades para agradar outra pessoa, que com o tempo eles se tornam totalmente dispensáveis.