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Mostrando postagens de junho, 2016

Bad Days

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Não adianta calcular tantas coisas, mensurar datas, ideias, lugares, pessoas, fazer estatísticas, pensar e repensar, a vida é surpreendente. Você não conhece nada dela, nem eu. A vida é um mistério e é necessário que seja assim. Imagina se nós soubéssemos como as coisas seriam, se fossemos capazes de entender os mistérios escondidos nas misérias e tristezas que temos que atravessar?! Uma merda. Tentaríamos adiar aquilo que nos ajudaria a sair das fraldas e enfrentar esse gigante de peito aberto, aplacaríamos qualquer possível dor com remédios fortíssimos capazes de nos tirar a consciência, um caos se instalaria, pois estaríamos mimados demais para entender que a coisas nem sempre são como planejamos e que a dor é necessária para que algo bom chegue até nós. Bad day? Sempre teremos um.  

Qualquer coisa...

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Dançamos com a ansiedade porque não saberíamos o que fazer parados. Apressamos o tempo para sairmos do lugar onde estamos. Incomoda-nos demais não fazer, não esperar, não beber, não comer, não assistir, não dormir, não ler, não escrever, não sair, não aparecer, não "qualquer coisa". Ocupamo-nos de todos os jeitos para nos distrairmos de nós mesmos. Se conseguíssemos por um breve instante parar, o que ouviríamos se nos déssemos ouvidos? O que enxergaríamos se nos permitíssemos ver? Guilherme, do blog A ilha de um homem só

Um dia desses...

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Um dia desses, daqueles que a gente não dá nada de tão normal que é, você vai se pegar pensando em construir uma carreira diversificada com cursos estapafúrdios, viajar o mundo com uma mochila e dez peças de roupa, em ir num festival de música popular ou uma feira literária e sair todos os finais de semana (e dias de semana também). E é nesse dia sem muitas novidades que o amor decide te fisgar e lhe revirar do avesso. As viagens acontecerão com uma companhia e muitas peças de roupa, a carreira vai se solidificar, os festivais darão lugar a teatros e concertos, barzinhos e restaurantes, os finais de semana não serão tão intensos como imaginara, mas mesmo com toda essa reviravolta o seu coração vai estar feliz e em paz. E isso basta.

Humanos?

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Tornamo-nos tão intolerantes nos últimos anos. Conosco, com os outros com a vida. As últimas notícias demonstram isso. Não toleramos a posição política, a religião, a forma de viver e de pensar. Tudo precisa (e deve) estar de acordo com minhas convicções pessoais. Não se escuta mais ninguém, não se congrega ou compartilha ideias, não se aceita mais críticas. É claro que não excluo aqui que nossos contemporâneos não entendem mais a diferença de opinar e ofender, mas antes disso criamos um escudo, uma couraça impenetrável que nos impede de tocar a alma do outro, ficando mais na defensiva que qualquer outra coisa, uma vida patológica, diga-se de passagem. O “colocar-se no lugar do outro” perdeu o sentido. As pessoas buscam meios de ganhar a vida e acabam perdê-la nesse masoquismo suicida do ter. Perdemos o tino, o tato, o paladar da vida. Perdemos o gosto de viver e nos tornamos essa raça que de humana não tem mais nada.