O show não pode parar
A vida não é como um seriado em produção que se pode editar, voltar, cortar a cena ou refazê-la outra vez. Os tropeços nela podem ser bons por nos impulsionar pra frente ou ruins por nos fazer cair no abismo. Isso só depende através de qual ponto de vista vislumbramos as coisas ou a forma que as nossas vivências pessoais se encontram. Tudo é um eterno ensaio, nada está pronto e acabado, e os deslizes, quedas fazem parte de qualquer percurso. Rasgar-se em pesar por algo que fez de errado e deixar correr pelo rosto lágrimas de arrependimento seria o ideal? Não sei. Talvez o choro sirva para lavar de dentro pra fora tudo aquilo que estava represado, varrendo a culpa, a mágoa. Mas depois desse esvaziamento é necessário encher-se de coisas boas, felizes e simples. Erguer a cabeça como aquela modelo que caiu da passarela, refazer a maquiagem como fez o palhaço que chorou pela morte de um ente querido, rever métodos como faz um professor quando suas aulas não vão bem e junto com eles dizer ao grande público que mesmo com tantas adversidades, o show não pode parar!
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