Meu sofrimento é não ter armas!


A internet foi inventada para honra do tinhoso que insiste em querer destruir qualquer ser humano que sente, pulsa e vive. Por obra da falta do que fazer resolvi fuçar a página social de um determinado finado, que por meses a fio, por insanidade ou coisa parecida chamei de meu namorado. Hoje não é mais nada meu. Eu pelo menos achava que não era. Além de adicionar uma lista interminável de garotas (que poderiam bem ser de programa pela quantidade de fotos no espelho de biquíni), algumas até da época em que estávamos juntos (devem ser aquelas que Filipe disse nesse blog que ficam em stand-by), ele resolveu agora sair, frequentar lugares que nunca ia comigo e que me deixava ir com minhas amigas porque confiava em mim e em minha fidelidade. Depois disso começo a desconfiar da fidelidade dele.
Dá raiva, se tivesse porte de armas amanhã ele acordaria e entraria no FACEBOOK dele e veria uma série interminável de pessoas em LUTO, e na capa dos principais jornais da cidade a manchete dizendo: “Júlia desabafa: MATEI PORQUE AINDA AMO AQUELE CANALHA!”

Júlia Siqueira

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