Doce vingança
Dez da manhã e o celular do lado da minha cama tocando feito louco. Abri os olhos com a preguiça habitual no intuito de desligá-lo (pensei que fosse o alarme), mas ao ver um número conhecido na tela do aparelho resolvi atender. Conhecia os números, porém não estava agendado como contato.
- Júlia? - dizia a voz do outro lado.
- Oi? - respondi entre um bocejo e outro.
- Sou eu! Tudo bom com você? - falava ele mansamente.
- Devo estar virando espírita!
- Por que?
- Ouço a voz de um morto ao meu telefone!
- Eu morri mesmo pra você? – ele tinha um tom de pesar na voz.
- Sim, morreu! E o dia de te homenagear ainda não chegou. Está perto do dia dos Namorados e não do dia de Finados. – finalizei.
Deliciei-me com o “até mais” seco que ele soltou. Dizem que a vingança é um prato que se come frio, hoje, porém venho a discordar. A vingança é um doce que derrete na boca nas manhãs de dias incomuns.
- Júlia? - dizia a voz do outro lado.
- Oi? - respondi entre um bocejo e outro.
- Sou eu! Tudo bom com você? - falava ele mansamente.
- Devo estar virando espírita!
- Por que?
- Ouço a voz de um morto ao meu telefone!
- Eu morri mesmo pra você? – ele tinha um tom de pesar na voz.
- Sim, morreu! E o dia de te homenagear ainda não chegou. Está perto do dia dos Namorados e não do dia de Finados. – finalizei.
Deliciei-me com o “até mais” seco que ele soltou. Dizem que a vingança é um prato que se come frio, hoje, porém venho a discordar. A vingança é um doce que derrete na boca nas manhãs de dias incomuns.
Júlia Siqueira
Comentários
Postar um comentário