Unhappy endings
Acabou.
Passei por um enorme período sabático tentando entender a intricada rede de
relações que nos rodeava e cheguei à conclusão que a vida seria melhor se ela
fosse mais maniqueísta: sim e não são suficientes, o talvez mata, corrói,
destrói, esgota, porque nos fazer pisar num campo minado de incertezas e
pronomes oblíquos. Acabou – digo toda hora a mim mesma. Você tá bem e eu já
soube disso, tem outro amor agora (rápido, não?!) e eu queria desejar que ela
tivesse bafo, que te fizesse pagar os maiores micos, que não conseguissem
transar e que tivesse uma sogra demoníaca, mas não sei desejar a sua
infelicidade, ainda. Quem sabe um dia possa colocar você amarrado em uma árvore
e atirar no meio da sua cara cínica e deixar lá apodrecendo pros urubus, talvez
assim morrendo fisicamente, eu não teria que carregar o peso de levar você
todos os dias ainda aqui no meu peito.
Júlia
Siqueira
Comentários
Postar um comentário