Coração blindado
Há tempos
não sinto aquela sensação insana de perseguir alguém, de querer estar ao lado a
todo instante de todas as maneiras possíveis e imagináveis, em não ter aquele
asco natural de quando se come muito um doce e não se quer mais vê-lo em sua
frente. Esqueci como se come a presença. Regurgitei toda e qualquer vontade de
sentir isso novamente. Talvez pelo vazio dos corações alheios e as ausências
reais de pessoas presentes, tenho me acostumado melhor com o espaço que sobra
na cama e que por vezes é preenchido por mais travesseiros. Sobre o amor...
sobre amar... melhor continuar nesse jeito egoísta de estar apenas me amando.
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