É preciso desbravar...
Lembro que
estudei certa feita que nós homens migrávamos conforme a nossa necessidade.
Enfrentávamos animais ferozes, eras glaciais e todas as vicissitudes do caminho
a procura de alimento para nossa sobrevivência. Nos tornamos acomodados um
pouco com descoberta da agricultura mais
adiante, é bem verdade, mas nunca perdemos essa vontade, que é tão nossa, de
desbravar e ir além, além de nossas possibilidades e talvez do que achávamos
ser possível. Atravessamos oceanos, nos metemos em meio a matas desconhecidas,
conhecemos povos diferentes. O nosso espírito aventureiro, entretanto, foi
morrendo a ponto de acabar. Não conseguimos ser além, ir além, transpor o nosso
comodismo. Não conseguimos inverter as ordens geográficas e amar o longe e o
desconhecido, porque o que é fácil é menos doloroso e talvez mais prático (e
não é!), não conseguimos visitar um amigo que mora na mesma cidade usando inúmeras desculpas, sendo a mais usual a distância e falta de tempo. Retrocedemos.
Por favor, se foi alguém, que não seja nós mesmos, roubou essa nossa capacidade de sermos diferentes, favor nos devolver com caráter de urgência. É preciso que voltemos a desbravar a nossa alma e nosso meio.
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