Emergir
Passamos a vida inteira tentando nos encaixar em padrões. Para as mulheres o velho clichê namorar-casar-ter filhos-ser dona de casa, para os homens o namorar-casar-trabalhar-ser bem sucedido. Acrescente a esses modelos de vida perfeita a barriga sarada, a alimentação saudável, o caráter ilibado, o carro do ano, o apartamento com vista para o mar e planejado por um arquiteto famoso, as viagens internacionais, a vida típica de um comercial de margarina. Balela! E das grandes, das mais ridículas. Talvez a gente não queira casar e ter filhos e, sim, priorizar a carreira brilhante que vislumbra pra um futuro próximo ou talvez não queira o carro ou apartamento luxuoso e sim em morar em uma espelunca adornada com coisas garimpadas em brechós e andar de ônibus ou de bicicleta ou simplesmente fazer tudo a pé, sem a necessidade de mostrar para os outros um estilo novelístico de felicidade. A gente quer viajar pra lugares exóticos e não os da moda, comer por vontade (ou por gula), cometer os