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Mostrando postagens de junho, 2019

Para meu amor...

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Hoje eu poderia operar em modo clichê e colocar uma foto cheia de declarações em minhas redes sociais, mas não quis. Você deve ter estranhado, eu sei, e até pensado ou almejado fazê-lo antes de mim, porém também tenho certeza de que você não iria fazer isso sozinho. Digo isso apenas: nós não somos só uma fotografia. Felizmente, conseguimos nos declarar em qualquer momento, mostrar constantemente um ao outro que estamos apaixonados ao torcermos mutuamente pelas conquistas um do outro ficando felizes em situações das mais bobas. Nenhuma foto conseguiria captar algo assim, pois elas só conseguem mostrar o exterior e a nossa felicidade é algo que vem de dentro. Talvez um Raio-X ou uma ressonância consiga tal feito. Ali entre órgãos, ossos, veias, capilares, músculos os especialistas buscariam encontrar aquele amor que pulsa em cada célula. Sem sucesso. Pesquisadores acabaram de publicar uma série de estudos afirmando que os opostos não se atraem. Ledo engano. Explico. Eu, cerveja, vo

Você não precisa saber de tudo

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Você não precisa saber sobre tudo, nem muito menos discutir e debater sobre as coisas que acha interessante ou julga conhecer. Podes optar pelo silêncio, pela negação, por dizer “eu não sei nada a respeito disso” e viver em paz. Olhe que opção linda! A internet tem nos feito querer parecer inteligentes demais, sábios demais, filósofos demais, quando na verdade não sabemos nem o que fazemos de nossas próprias vidas e descambamos para uma total falta de autoconhecimento. Então, combinamos o seguinte, a partir de hoje, tentaremos cuidar mais de nós e evitar essas coisas, deixem que os especialistas cuidem da política, da religião, do futebol, das coisas das quais eles estudaram e sabem (ou não) como conduzi-las. A nós resta apenas uma coisa, a respeitar opiniões de quem realmente sabe mais que nós e não tentar buscar ser crânio em uma coisa que não dominamos.  Viveremos mais felizes assim e com menos problemas.  Eu prometo (ou não).

Bem-aventurados os ignorantes

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Abençoados sejam os ignorantes! Eles não sofrem, eles não sentem dor, eles não conseguem simbolizar muito. Não se preocupam com as artimanhas do patriarcado travestido do homem cis heterossexual e capitalista. Não consegue entender os mecanismos do sistema que se apropria de um discurso desconstruído para lucrar. Não entende as manipulações midiáticas que nos levam a não pensar muito. Os ignorantes seguem a verdade do rebanho sobre a qual alertava-nos Nietzsche, aquela na qual as ovelhas seguem seu pastor sem questionar. Os ignorantes são felizardos por não sofrer tanto, nem mesmo quando caminham para a sua própria morte. Abençoados sejam os ignorantes! Triste de nós que não somos.