Educação: ainda resta a esperança
A cada dia me encanto mais com a profissão que escolhi, embora exista problemas a serem solucionados, coisas a mudar, novos rumos para se tomar...
Quando me perguntam qual curso eu faço e respondo que é História, o primeiro questionamento é: -Você gosta? Pergunta mais descabida, afinal não sei quem estaria cursando algo do qual não se identificasse, puramente pela facilidade do acesso ou coisa parecida, pois pra mim quem age dessa forma nega a si próprio, afinal ninguém defende um ideal do qual não acredita. O segundo questionamento é ainda mais sem noção e carrega em si uma aura depreciativa: - Vai ser professor? Parece que ser professor é padecer no inferno, é possuir a pior profissão do mundo. Desvalorizada seria o adjetivo mais coerente a ser empregado quando tratamos de educação. A educação com o passar do tempo, perdeu seu significado junto com a escola, embora se precise de um país letrado para que possa ser considerado um lugar desenvolvido o nosso país deixa a desejar no aspecto formativo da sua população. Talvez neste ponto as pessoas vejam a figura do professor como aquele que luta contra a maré, que nada e morre na praia.
A educação se vê presa a um sistema dúbio, que de um lado precisa de pessoas capacitadas para atuar em vários campos da sociedade e também quer indivíduos que não critiquem os seus métodos, afinal se precisa de uma massa de consumistas, passivos e ignorantes. O professor luta contra tudo isso e nem sempre vence, porque em seu caminho encontra outros como ele que tentaram, se cansaram e se acomodaram e ainda viram para você e diz: - Isso é empolgação de quem saiu da universidade agora! De quem está com disposição! Esses perderam a vontade de serem agentes modificadores do seu meio, de instigarem aos seus alunos a buscarem o novo no mundo e dentro de si próprios, esses estão na educação e não são educadores.
A mim e meus colegas resta-nos a força de vontade de ser o diferencial, de não deixar se abater com as dificuldades encontradas, de não ter medo de se reinventar quando não se há uma resposta satisfatória pra'quilo que se quer chegar, de ousar. Ainda resta a esperança de que muitos pensem como nós e façam o mesmo trabalho de beija-flor, tentando apagar o incêndio que corrói estrutura educacional e reaprendendo a amar cada dia aquilo que se faz.
Nada melhor do que mostra aos professores que nunca é tempo para desistir ou desanimar. Muitos desistem sem ao menos ter tentado mudar o fracasso da educação desistem sem ao menos ter tentar, e fazem com que os demais ajam da mesma maneira, parabéns você escreveu o que realmente precisava escutar, melhor ler, rsrsrsrs abração Daniel Pedreira
ResponderExcluirA situação da educação no país é caótica. O governo finge que se importa, o professor finge que ensina e o aluno finge que aprende. Para sair desse circulo vicioso precisamos de professores entusiasmados e dispostos a assumir a mudança de paradigma.Venham de onde vierem, serão bem vindos.
ResponderExcluirSeja bem vindo!