E a dor de cotovelo, vai bem?


Dias atrás, depois de ficar com raiva do provedor de internet, que quer ter personalidade própria e independência saindo e voltando na hora que bem quer, vou dar uma atenção para meu antigo amor, a televisão. Em meio a tantos programas (desculpa, mas eu tenho TV por assinatura), paro na entrevista de Marília Gabriela com a chefa da polícia civil do Rio de Janeiro, Marta Rocha. Confesso que achei um pouco monótona e piegas, mesmo sendo quem é a entrevistadora, transpareceu que ela se limitou a desenvolver sobre o papel da mulher em cargos antes ocupado por homens, ficando a conversa com uma aura muito feminista. Achei que poderia explorar mais da convidada, ir por outro caminho, mas enfim cansei e mudei de canal. Sintonizei no GNT e na roda de conversa eles debatiam sobre “dor de cotovelo”, aquela mesma que sentimos quando tomamos um fora. Pois é, neurocientistas descobriram que a dor emocional de ter levado um fora se reflete no nosso organismo causando dores físicas.
Eu acho isso uma injustiça. Fiquei pirado com o senhor cérebro, onde já se viu causar uma maior a quem já sofre, ou ainda transformar o que sente em mais amor, em mais vontade? Outra coisa chata demais é que depois do acontecido e de você ter pagado os micos mais comuns pós-fora ou término de namoro, como ter enchido a cara e ter chorado no barzinho com os amigos dizendo que os ama e ter vomitado o quarto todo e dormir ali daquele jeito deplorável, você ainda é obrigado a ver a pessoa com mais freqüência do que o comum, porque se antes você a procurava em todos os lugares, hoje não quer ver mais, mas acontece justamente o que não quer que aconteça.  
Aí eu fico me perguntando aqui. Se na natureza nada se perde, tudo se transforma. Porque essa dor não se transforma em outra coisa? Isso só Deus sabe...

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