Aos meus "amigos" escritores
Dizem que os livros que lemos, as pessoas com as quais convivemos e as músicas que ouvimos, dizem muito mais de nós do que podemos mensurar. Vou me ater ao primeiro item desse parágrafo, os livros que lemos, ou melhor, os escritores favoritos. Não vou colocar aqui Agatha Christie, nem muito menos Sidney Sheldon porque eles estão num patamar diferente – ESCRITORES QUE ME ENTRETEM -, os que citarei são chamados por mim de escritores que me levam a refletir.
Meus amigos que me levam a mundos diferentes com seus escritos são três, talvez os únicos humanos que conseguiria me entender na essência. Curiosamente eles possuem a letra C iniciando os seus nomes, são eles: Caio Fernando Abreu, Clarice Lispector e Cecília Meireles.
Caio atualmente vive o momento auge de sua carreira (mesmo tendo falecido há 16 anos), porque é citado por muitos, seus contos são os mais lidos pelos jovens, que vêem em seus textos uma carga de criticidade, de emoção e de sarcasmo. Sentimentos que não caberiam na mesma frase, mas que ele consegue fazer com maestria. Clarice e Cecília têm a mesma essência, porém Clarice se apresenta com uma tempestade e Cecília como uma leve brisa, ou seja, as duas falam a mesma coisa pra você, só que uma é enérgica e a outra é doce, leve, daquele tipo de pessoa que te induz a se matar depois de uma merda que você fez e ainda te faz deixar uma carta dizendo que foi suicídio.
Como pessoas tão dicotômicas no sentido de escrever podem falar tanto de mim, de nós? Tem dias que abro o “Conselhos do Caio F. Abreu” no Facebook e um trecho de algum texto fala o que preciso ouvir (e não o que quero ouvir) na hora certa. Poucos como esses meus “amigos” tem a capacidade de desvendar os segredos mais ocultos de nós. Um brinde à Cecília, Clarice e Caio por me entenderem. Paz onde estejam!
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