O ritmo da vida

Um dia pensei que as coisas seriam sempre embaladas pelos ritmos que escolhera. Se queria alegria, samba, melancolia, jazz, dor, fado. Tudo estava atrelado às minhas escolhas, e isso era perfeito no meu pensamento, e só nele mesmo, a vida real, essa na qual meus pés se firmam a cada despertar, possui sons variados, vibratos diferentes, notas agudas e graves, tons altos e baixos e nem sempre a minha voz e os meus desejos nela se encaixam. Porque as coisas não são do jeito que quero? – indagava a mim mesmo como quando era criança e ia sendo repreendido por minha mãe quando queria ver TV até tarde.
Pois é, as perguntas surgiam do nada, sem esperar, e as repostas, no entanto esperavam o momento oportuno para aparecer. Pra mim, ela apareceu num desses folhetos que ficam no balcão da padaria e que poucos se importam com a sua presença ali, nele dizia: “Mudanças, aflições, anseios, lutas, desilusões e conflitos sempre existiram no caminho da evolução. Por isso mesmo, o mais importante não é aquilo que acontece e sim o seu modo de reagir. (André Luiz)”. Entendimento e paciência darão lugar à ansiedade e rebeldia. São os sentimentos que quero e o que buscarei para as músicas que tocarão na minha vida a partir de agora.

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