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Mostrando postagens de maio, 2015

Rasgando-me em preces

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Coloco-te nos altares de minha alma apenas para venerar-te de maneira masoquista. És um demônio em forma de santa, mas mesmo assim lhe acendo velas, faço-te promessas, rogo-te por amor ou migalhas de bem querer. Minha veneração e devoção é feito a de um cão a seu dono, são anos de renúncia aos meus quereres para atender aos seus prontamente e assim faço sem nada lhe exigir em troca, por paixão em ver seus sorrisos desfilando violentamente para outro alguém, apenas pelo prazer de ver seus dentes em alinho saltando harmonicamente da sua boca. Meu amor é uma prece, sua gratidão não existe. Os deuses não ligam para os sofrimentos dos meros mortais, não serias tu deusa e santa, demônio e anjo, que seria a primeira a ligar para os meus. 

Ainda não acabei de gostar de você

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Já conto nos dedos, como presidiário que conta sua saída do cárcere, o infeliz dia em que tu deixarás de estar comigo. Já ouço o barulho do relógio batendo em compasso de despedida, a ausência do seu cheiro nos lençóis da cama, a falta de sua bagunça na cozinha. Tu vais, eu fico. Fico sem rumo, fico sem chão, fico sem você. Vais porque é melhor pra ti, mas não melhor pra mim. Sou egoísta porque lhe quero ao meu lado todos os dias dessa vida e das demais que possa lhe perseguir, entretanto não mando nas suas vontades e apenas pego as chaves da porta em minha mão esquerda enquanto lhe vejo passar o umbral desta pela última vez.  Não vá, peço quase que em sussurro, ainda não acabei de gostar de você. 

Contradições

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Queria apenas gritar “te amo” com toda a força que há em meu peito, mas tem dias como hoje que contraditoriamente o meu amor é mais silêncio que estardalhaço. Às vezes quero arrumar minhas malas e fugir para um lugar no meio do nada, sem ninguém que incomode, sem barulhos ou ruídos externos, só eu e você, mas nestes dias de maneira controversa vejo que o calmo nada trará ou fará de bom. Há momentos em que quero você, outros que só a mim me basta.

Você não entende nada.

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Amor não é só carência, carência não é amor. Carência é quando você quer que alguém preencha o vazio que há em ti, este que te acompanha, mas isso não pode ser magicamente resolvido por outra pessoa, até porque é um problema seu honey. Você não entende nada, nada da vida, nada de mim, nada do amor. Ao contrário de me amar, tens cada dia mais me afastado a cada momento em que tento provar a ti, e fazer-te conhecer, como o amor funciona, assim do meu jeito não tão correto e nem sempre ético. Ah... o amor não tem ética. Não possui regras. Moral ele não conhece. Amar é fazer merda. Amar é viajar e ficar numa pocilga pra ver quem se ama. Amar é despir-se sem ao menos retirar uma peça de roupa. Isso que você diz que sente por mim é outra coisa, apego quem sabe. Mas como dizer que és apegado, quando ao invés de grudar em mim você usa um repelente fortíssimo em formas de nãos e talvez que me arremessa a quilômetros de distância? Ah querido... você não entende nada, e não serei eu que perd

A coragem de desistir.

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O senso comum diz que quando a gente abre mão de algo é que somos fracos de tal maneira que não tivemos coragem suficiente de levar as coisas adiante. Abrir a mão e deixar que simplesmente as coisas criem uma vida e se libertem das amarras às quais muitas vezes as aprisionamos não é covardia e sim é um ato de amor. Entender que as coisas não me servem e assim dizer não é antes de tudo ter um amor sem fim por si e por aquilo que você deixa livre de seu contato. Quando eu decido abrir mão de algo, então, é que eu entendi que todo o sentimento que ainda havia (ou há) em mim, relacionado ao que outrora tanto me apeteceu e encheu os olhos, deveria se transformar em força de abnegação. Abri a gaiola, entreguei os pontos, te deixei na estação e ainda que eu lhe queira, eu te amo e me amo mais a ponto de deixar que vá. Isso não é fraqueza! Fraqueza seria se permanecesse  angustiado para mostrar aos outros que sou forte.