A coragem de desistir.
O senso comum
diz que quando a gente abre mão de algo é que somos fracos de tal maneira que
não tivemos coragem suficiente de levar as coisas adiante. Abrir a mão e deixar
que simplesmente as coisas criem uma vida e se libertem das amarras às quais
muitas vezes as aprisionamos não é covardia e sim é um ato de amor. Entender que
as coisas não me servem e assim dizer não é antes de tudo ter um amor sem fim
por si e por aquilo que você deixa livre de seu contato. Quando eu decido abrir
mão de algo, então, é que eu entendi que todo o sentimento que ainda havia (ou
há) em mim, relacionado ao que outrora tanto me apeteceu e encheu os olhos,
deveria se transformar em força de abnegação. Abri a gaiola, entreguei os
pontos, te deixei na estação e ainda que eu lhe queira, eu te amo e me amo mais
a ponto de deixar que vá. Isso não é fraqueza! Fraqueza seria se
permanecesse angustiado para mostrar aos
outros que sou forte.
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