Rasgando-me em preces
Coloco-te nos
altares de minha alma apenas para venerar-te de maneira masoquista. És um
demônio em forma de santa, mas mesmo assim lhe acendo velas, faço-te promessas,
rogo-te por amor ou migalhas de bem querer. Minha veneração e devoção é feito a
de um cão a seu dono, são anos de renúncia aos meus quereres para atender aos
seus prontamente e assim faço sem nada lhe exigir em troca, por paixão em ver
seus sorrisos desfilando violentamente para outro alguém, apenas pelo prazer de
ver seus dentes em alinho saltando harmonicamente da sua boca. Meu amor é uma
prece, sua gratidão não existe. Os deuses não ligam para os sofrimentos dos
meros mortais, não serias tu deusa e santa, demônio e anjo, que seria a
primeira a ligar para os meus.
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