Sobre o tempo, a paciência e as feridas da alma...
Aceleram-se
as horas, os minutos, os segundos. Há urgência. Há pressa. O ritmo do relógio
parece não conspirar ao nosso favor. Se tivéssemos 32 horas no dia, como em
alguns planetas, não teríamos tempo (sic!) para cada um dos momentos cotidianos
e ainda acharíamos havia algo a ser feito. Bem vindo à contemporaneidade ou era
pós-moderna, ou ainda algum momento cibernético e científico da história da
humanidade sem nomenclatura. Há urgências aqui e as coisas têm que ser para
agora.
O início e o
fim tornaram cada vez mais próximos em nosso tempo, e em todas as instâncias. Em
contrapartida de tudo isso, nossas feridas interiores não saram na mesma
velocidade que os nossos desejos clamam. Seria fácil por um band-aid, tomar um
analgésico e seguir pra próxima batalha, entretanto não funciona desta maneira.
Elas precisam doer, elas precisam de paciência para serem fechadas
naturalmente, sem nenhuma intervenção. Nossas dores precisam de tempo e tempo é
tudo o que não temos.
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