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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

Leituras vazias

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Parei de ler comentários nos sites de notícias. Nem com todo o antiácido do planeta colocado em uma enorme jarra e sorvido de uma só vez consigo fazer a digestão de tanta asneira e tanta falta de humanidade. Essas últimas semanas têm sido de tiro, porrada e bomba e parece que já vivemos o suficiente em pouco menos de dois meses (e sofrido também). Difícil entender como esse mundo tem se apresentado para nós, mas é compreensível até certo ponto dado a forma como as pessoas tem agido. Uma mulher é espancada por longas horas e tem o rosto desfigurado por um criminoso. A culpam. Como uma mulher “daquela idade” leva um cara mais novo para casa? Pediu para apanhar mesmo! A apontam, mesmo sendo ela a vítima. Matam sua dignidade com mínimas palavras. Em um outro momento noticia-se a traição do marido e acusam a mulher que supostamente é o pivô da separação. A responsabilidade não era do cônjuge? Não!   Aparentemente era das mulheres em seu redor, que precisam entender que ele é casa

Quero ver se você suporta!

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E hoje me encontro só, mesmo acompanhada, sinto as pessoas esbarrando a meu redor e me vejo inerte com preguiça de caminhar, afinal não sei qual rumo tomar, por qual dessas vielas seguir, sem saber quem irá me acompanhar. Pergunto-me, para onde vou? Não sei. Escuto o silêncio cortante não me dizer coisa alguma. Um dia eu tive você ao meu lado, presença que preenchia todos os vazios e me fazia entrar em ebulição cheia de mim e de ti, e de um nós que hoje já não sei se existe. São cobranças para que eu mude aquilo que um dia me deixava livre e te fez se apaixonar por mim, é uma ideia fixa de que todo e qualquer ser vivente me quer, me deseja, e a necessidade de que eu seja um troféu em constante exibição dentro de um nicho blindado. Nicho seu, para admiração alheia e tristeza e aprisionamento meu. Alguém me esbarra e eu caio. Derrubam junto com meu corpo os dolorosos delírios que tomavam a minha mente. Acordo. Desperta, decido que não preciso de ninguém para me dizer qual rumo to

Mantra

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Um dia você vai querer fazer tudo diferente do que já fez até aqui e irá se arrepender de tantas coisas, dos beijos que não foram dados e das palavras que não foram ditas. Talvez bata o arrependimento do silêncio que não foi feito e dos gritos que soaram em hora inapropriada. Quando esse dia chegar não fique triste. Nós temos essa mania de achar que as coisas podem ser modificadas e amamos utilizar os “e se...” em momentos impróprios. Visualizamos várias possibilidades, muitas linhas temporais e ações diversas em um só momento, sem nos dar conta de que as coisas tinham que ser do jeito que elas foram e nem tudo pode ser modificado pela simples força de nossa vontade. Não se arrependa do ontem - digo para mim rotineiramente como um mantra matinal. Pensemos que no agora temos a oportunidade de acertar diferente (e errar também).

Não me ame tanto

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Não me ame tanto, nem eu sei me amar. Cresci não aprendendo o que amar em mim. Por isso repito: - Não me ame tanto! Tenho medo de tanto amor assim. Será que consigo corresponder? Como responder a essa chuva de amor? Você me ama? Ou projetou algum tipo de amor em mim? Paixão? Tesão? Vontade? Uma pegadinha dessas de Tv? Onde estão as câmeras filmando minha cara de trouxa? Você me ama? Não, né?! Amor é difícil até para as pessoas mais altruístas. Eu nada disso sou. Eu nada disso tenho. Então, não me ame, eu imploro. Nem pouco e nem tanto. Não me ame, apenas. Não sei o que fazer com tanto amor assim. Eu jogo tudo no lixo. E fujo. Júlia Siqueira

Autocuidado

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Autocuidado é você entendendo que pode cuidar de você antes de cuidar de alguém. Um dia eu fui uma pessoa que não cuidava de mim mesmo, aí vi que as pessoas não poderiam me ajudar naquilo que somente era de minha responsabilidade. Os pesos, as decisões eram minhas e o outro poderia me auxiliar com um norte, mas nunca tomar as rédeas e me guiar pelo caminho que deveria trilhar. Então decidi procurar ajuda de um profissional, uma terapeuta. E durante dois longos anos entre uma sessão comecei a aprender a lidar comigo e a partir de mim me relacionar com o outro. Foi somente quando entendi como lidar com minhas emoções que pude entender várias coisas sobre o sentido de tudo o que vivia. Eu me negligenciei por anos, deixei de ser por mim para ser para outras pessoas, seja no trabalho, em casa ou na vida afetiva, fazia ou deixava de realizar coisas com medo do que outro pensasse a respeito daquilo. Lutei para ser aceito em espaços que eu não queria, vendo que era apenas uma forma de n