Erros
Erramos nos primeiros passos, nas palavras
pronunciadas na infância. Erramos trajetos, escolhas, erramos com nossa família
e pessoas que gostamos. Somos errantes. Oxalá fôssemos tão infalíveis como exigem
de nós o tempo todo ou em algum momento da trajetória na Terra pudéssemos ler o
script da vida e assim seguir um papel coerente ao que desejam de nós. Mas não,
não temos esse poder. Então, erramos. Erramos para nos erros buscar os acertos
e, por vezes, acertamos mais. Acertamos tanto, mais tanto, que parece que
chegamos ao ápice da perfeição e da infalibilidade. Sim, atingimos um local
antes reservados aos anjos, somos Maria no altar de uma Igreja barroca,
idealizados como as mulheres românticas.
Entretanto, somos reais, somos falhos. O nosso
DNA reserva culpa, medo, insegurança e mais uma infinidade de coisas que
varremos para debaixo do tapete como uma faxina falsa para impressionar as visitas
que chegaram de surpresa. Sim, iremos errar vez ou outra e irão nos queimar em
uma grande fogueira enquanto a população escarnecida nos olhará com desdém e
prazer.
- Não aceitamos falhas! - dizem, tampouco
humanidade.
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