Ces't a fini.
Cenário: Festa de fim de ano de uma empresa
qualquer. Texto: - Um brinde à falsidade de vocês. Personagem: Eu.
Ainda vou
viver tempo suficiente para numa festa de fim de ano de empresa eu levantar
taças e brindar contra a hipocrisia reinante, como no trecho acima. Em festas
assim, todo mundo se ama e esquecem-se as brigas infindas e os moralismos
travestidos de maldade. Sim, o ambiente trabalhista poderia ser facilmente
confundido com um serpentário, no que deixaria o Butantã envergonhado. É um
desfile de cobras das mais variadas espécies e tamanhos, umas com venenos
potentes outras que apenas amedrontam. São pessoas querendo se dar bem em cima
da ingenuidade alheia ou que escondem sua mediocridade em quedas de sistemas
falhos ou colocando a culpa no bode expiatório da vez.
Vivemos
na sociedade dos espetáculos (ruins, por sinal) e da hipocrisia. As pessoas
mentem, maldizem, ferem e depois dramatizam numa teatralidade digna de um Oscar
e dois Emmy’s, colocando Deus no meio de sua miséria humana num coitadismo sem
fim, pondo-se de vítimas da situação. Mas o mundo dá voltas e numa destas o
cuspe arremessado cai na testa. A Física é clara darling, toda ação gera uma reação o que no caso desses citados é
morrer com engasgado com o próprio
veneno. Ces’t a fini.
Júlia Siqueira
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