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Mostrando postagens de abril, 2019

Geração mimimi

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Mi.mi.mi. Este talvez seja o verbete brasileiro do século XXI, afinal está presente em grande parte dos diálogos contemporâneos, mesmo pouco se sabendo sobre sua origem. Mimimi, para muitos, seria aquela preocupação exagerada a respeito de causas, piadas, discursos que são supostamente inofensivos, mas que acabam ganhando proporções inimagináveis. Por exemplo, quando faço uma “piada” de cunho racista e alguns negros se ofendem é que estes não entenderam que aquilo não se passava de uma simples brincadeira e que não, não havia ali intenção nenhuma de ofensa. Ou ainda quando sou fechado por um outro no trânsito e digo que só pode ser mulher (mesmo não sendo), não entendo a razão de algumas mulheres se ofenderem, afinal muitas delas não sabem mesmo dirigir é só uma análise de uma situação, a minha opinião sobre. Pois é, caros amigos, em situações como as acima e em outras tantas o mimimi é necessário. As gerações atuais pegaram um mundo tão desgraçadamente destruído em valores, em r

Uma dose de paixão

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A paixão é um dos maiores enganos da humanidade, aquele fogo que incendeia o seu corpo e lhe deixa febril, delirante, numa febre que não passa nem com mil antitérmicos. Já me apaixonei tantas vezes e quebrei a cara outras tantas, com esses mergulhos profundos que a gente dá em bacias com água pela metade. Não que foi ruim, pelo contrário, foram muito bons. O flerte, a troca de olhares, os beijos, o sexo, porém quando tudo isso acaba eu precisava de algo mais, pois parecia que em cada gozo minhas energias precisavam ser reabastecidas, não de mais uma rodada do sexo-brutal-pré-histórico, mas de silêncio e de paz. E na paixão você não encontra sossego. Você fica antenada todos os dias, uma doente virtual buscando formas inimagináveis de corresponder aos anseios do outro. E se eu fizer desse jeito, e se experimentar esse novo brinquedo sexual, e se eu acender um palo santo no apartamento, fazer um jantar especial... O subjuntivo vira uma presença constante em seu vocabulário, como se

Eu poderia

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Eu poderia ser luz todos os dias, mas o brilho diário é cansativo, sustentar um sorriso no rosto sempre faz com que meus músculos faciais se enfastiem sobremaneira. Então, eu poderia escolher as trevas, contudo isso pressupõe deixar minha vida soturna e sombria de modo que a alegria fosse pouco a pouco sumindo de mim. Logo, sou um pouco de luz e sombras, amor e ódio, paz e turbulência.  Não consigo ser só uma coisa, quero ser tudo, quero ser o todo. 

A felicidade tem um preço?

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Nascer, crescer, pagar contas e morrer, esse é o quadro mais pessimista da vida adulta, mas não menos real. Fico observando colegas e amigos que se matam de trabalhar para acumular bens e ostentar uma vida aparentemente confortável, contudo que vivem infelizes com eles mesmos. Para estes a vida gravita em torno de uma cifra bancária mensal, um carro na garagem e uma casa financiada em muitos anos e fim, temos uma vida supostamente feliz. E viajar? – pergunto. Jamais, muito caro! Viagem é coisa de gente rica. – dizem. Porém, são os mesmos que, contraditoriamente, gostam de sair para uma festa com uma banda desconhecida e colocar uísque e energéticos em cima da mesa de madeira puída, afinal traz mais visibilidade, sabe-se lá para quem. Gastam somas vultosas em roupas de gosto duvidoso para se mostrar para uma “sociedade” que, convenhamos, há muito deixou de se importar com a marca pendurada na peça que se veste.  E para sustentar essa necessidade de possuir bens, arrumam dezenas