Silêncios


Havia ali um silêncio ensurdecedor. As almas ao meu redor tentam fazer qualquer barulho, a tensão crescente entre eles naquele estado de profunda calma. Batiam nas mesas tentando fazer algum barulho, desenhavam figuras geométricas à lápis nas folhas que lhes foram dadas. Tudo ali os causava pânico. Com o passar dos minutos, que pareciam horas, a agonia crescia. Eles ansiavam por seus celulares como um viciado clama por sua droga, cantarolavam e tentavam puxar uma brincadeira com outro, para minimizar aquela aflição. Queriam o grito, a bagunça, o grito. Queriam o caos, as conversas, músicas altas. Não conseguiam se calar, o mundo lá fora não dormia, aqui dentro muito menos.

Comentários