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Mostrando postagens de setembro, 2013

Campo minado

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Estou em um território que desconheço. Dizem que aqui é um coração, mas será verdade? Não vejo sangue, veias, não consigo visualizar a aorta. Sinto-me mais como se estivesse em um campo minado, sem saber que direção eu sigo pra sair ou se me aprofundo neste terreno, tendo medo de morrer com uma explosão de uma bomba, e sei que não será uma explosão de sentimentos.

A força eterna do amor

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               Amor: o elemento não interpretado, não manipulado pelas religiões, não enquadrado no sistema, impossível de ser corrompido; o amor sublime do "Amai-vos uns aos outros"... Para mim, em poucas palavras, é a força que me motiva, há mais de 2 mil anos, a prosseguir em busca daqueles olhos e daquele olhar que um dia banharam a minha alma com as claridades da Via Láctea, que encantaram meu ser e arrebataram meu espírito para sempre, o qual se encontra vencido e conquistado pela força eterna do amor.  Tereza de Calcutá, in A força eterna do amor

Extremista

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Sou de extremos! Como quem gosta de café quente e água gelada, não curto meios termos, meias verdades. Nossas falas devem estar em coerência com a nossa prática, se não de que vale falar alguma coisa? Simplesmente para chamar atenção? Para causar estardalhaço? De todo modo, acredito que se deve viver aquilo que se diz e não se esconder entre palavras bonitas e inacessíveis para a massa. Viver, viver, viver. Falar? Não sei. São apenas palavras, e muitas vezes os ventos as levam. E ações? Essas moldam realmente aquilo que você é de verdade.

O carteiro

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Eu era um carteiro. Batia em todas as portas das ruas daquela cidade dia após dia, ora dias chuvosos ora de sol forte. De todos os lugares que passava fazendo o meu trabalho, aquela casa branca da esquina da Rua Verde me intrigava, ninguém atendia ali. Vez ou outra, porém, via a porta aberta, corria pra pegar as encomendas de meses endereçadas para ali, mas não respondiam, e eu, coitado, não conseguia fazer meu trabalho. Devolvi o pacote pra agência e ela devolveu a quem havia enviado, mas o mistério da casa branca da esquina da Rua Verde nunca saiu da minha cabeça. Por que não me atendiam? Anos depois me apaixonei e como carteiro dos bons que sou, procurava a minha amada todos os dias em sua casa. Ela por vezes me atendia, outras vezes não. Ela algumas vezes me tratava bem e outras tantas não. Então desisti. Desisti como fiz com as encomendas da casa branca da esquina da Rua Verde, só que no lugar de mandar as encomendas pro seu dono, mandei os sentimentos irem pra outro lugar

Pra frente!

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Eu não sou mais quem eu fui. Claro. As experiências da vida nos molda, nos fortalece, nos faz ver novas possibilidades e novos horizontes. Pra onde devo ir? – pergunto-me todos os dias ao ver os primeiros raios solares invadindo a minha retina. E uma voz dentro de mim grita ensandecida: - Sempre pra frente!

Hoje te amo menos

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Hoje te amo menos. Menos do que ontem, menos do que no mês passado, menos do que quando nós traçávamos planos e você iludia meu coração de mentiras tão sinceras que soava como verdade. Verdade essa a qual me agarrei por anos a fio, entendendo que haveria mudanças, mais suas que minhas afinal era preciso que você mudasse. Na verdade você mudou e hoje não mais lhe conheço. Ou será que já era assim e eu iludido por suas “verdades” nunca pude enxergar-te realmente. Mas passou. Passou como o frio que deu lugar ao calor, passou como o trem em cima de um trilho. Passou. Hoje te amo menos e quem sabe um dia não te ame mais. 

Até breve

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Façamos assim: despeçamos-nos nessa estação esperando que a vida nos una numa próxima, em um lugar que não haja despedidas e que o encontro seja constante. Não se preocupe e nem se aborreça, nos encontraremos, eu prometo, o mundo gira e faz com que tudo se reencontre novamente. Até breve.

Ele e ela

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Ele estava sentado lendo as notícias do dia como normalmente fazia todas as manhãs. Ela estava na cama, deitada, tentando encontrara forças para levantar e sem ânimo para continuar dormindo devido aos raios solares já se espalhando pelo quarto. Ele saiu de casa e foi trabalhar, começar a rotina diária com o pensamento apenas de voltar pra casa logo mais. Ela estava de folga aquele dia e resolveu se exercitar, minutos depois, porém desistiu da ideia e resolveu dar um passeio sem nenhum destino específico. Ele tomava um café enquanto tentava se concentrar com os papéis acumulados no dia anterior. Ela sentava-se na orla e pôs se a olhar o mar. Ele teve que sair do escritório e resolver algo no banco, pegou o carro e ficou preso em um engarrafamento na avenida principal. Ela saiu da orla e pegou o trânsito caótico daquela hora. Pensaram o que haveria de fazer. Ele abaixou o vidro do carro pra pegar um ar. Ela abaixou o vidro do carro pra gritar uma velha conhecida que passava na calçada

Ontem chorei

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Ontem chorei. Chorei de saudade das pessoas que me rodeavam e que hoje se encontram a milhares de quilômetros de distância. Chorei pela ausência presente de pessoas que fizeram o que eu sou hoje. Chorei porque precisa fazer com que as lágrimas lavassem um pouco o que ia ao meu coração. Mas parei por um instante, quando vi que sou querido pelas pessoas que estão agora ao meu redor, pessoas que me acalmam o coração, que me puxam a orelha e que aprenderam a me amar em cada riso, em cada brincadeira ou em cada momento tenso ou triste. E chorei de novo, desta vez não de tristeza e sim de alegria, por ter essa certeza invadindo o coração.