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Mostrando postagens de setembro, 2011

A cor da esperança

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"Amanhã,  a tristeza vai transformar-se em alegria,  e o sol vai brilhar no céu de um novo dia,  vamos sair pelas ruas, pelas ruas da cidade,  peito aberto,  cara ao sol da felicidade.  E no canto de amor assim,  sempre vão surgir em mim, novas fantasias,  sinto vibrando no ar,  e sei que não é vã, a cor da esperança.  A esperança do amanhã." (Cartola)

Nostalgia

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Acordando pra ir pra escola: - Vó cadê o meu Q’chute? No almoço: - Menino vai ali em Pedro comprar uma Tubaína pra gente almoçar! Coloca a colher na garrafa pro gás não escapar! Assistindo TV (Leia Chaves): - Meu avô roda a antena! Melhorou? Não! Melhorou! Aê, aê! Piorou de novo! ¬¬’ Brincando na rua: - Não valeu, ele é café com leite! Jogando gude: - Rata no c* da barata! Na escola: - Essas aulas de história... a professora quer que a gente aprenda coisa da época que nem ela se lembra. Brigando e se reconciliando: - Tô de mal! Deixe de coisa rapaz, eles estão de bem de novo! Cartinha de amor: - Sou 100% você! Aniversário: - Só vai ser um bolinho mesmo! (nunca era só um bolinho, tinham uns brigadeiros, umas empadas e minha madrinha transformava em um mega evento) Missa: - Ah minha vó não agüento mais esse senta e levanta! Brinquedos: - Meu avô foi na loja de 1,99 e comprou um Power Ranger pra mim, iu! Roupas e calçados: - Ah minha mãe ta grande demais! - É pra não perder l

Indo...

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Roupas sujas, xícaras quebradas, ursos de pelúcia doados para crianças carentes, gavetas bagunçadas, mensagens apagadas, cartas rasgadas, músicas excluídas. As outras coisas, foram colocadas em um enorme saco de lixo preto, não me dei ao luxo de selecionar para a reciclagem, vão todas para o mesmo destino. Acordei, lavei o rosto, tomei banho de mar e deixei que as ondas me entregassem à exaustão com as suas fortes batidas. Cheguei ao centro da cidade com gosto de mar na boca e a areia da praia em meus pés. Comprei um novo perfume, novas roupas, uma xícara que dizia eu me amo, pulei corda com as crianças da rua, ensinei brincadeiras novas a elas, escrevi cartas sem remetentes a quem amo, mas não coloquei no correio, baixei novas músicas para o meu MP4, arrumei as minhas gavetas, limpei a minha casa, limpei a minha alma, suei a tristeza acumulada no tanque de roupas. Sorri pra um velho amigo, liguei pra minha tia que mora em uma cidade que não sei pronunciar o nome, bebi dois goles de

Sigam-me os bons!

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Sei que alguns amigos meus leem e acessam esse espaço todo dia, mas tem outras pessoas que não sei quem são. O sucesso desse blog, que já tem 1.200 acessos em apenas 05 meses, é de total de responsabilidade de vocês, que param alguns minutos de seus tempos para me acompanhar nessa viagem por essa Usina de Pensamentos. Dizia Antoine de Saint-Exúpery que nós nos tornamos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos, por isso peço que vocês comentem os post's e sigam o blog pra que possamos interagir juntos, trocar histórias e experiências. A vida só vale a pena quando se tem pessoas ao nosso lado. Obrigado por estarem ao meu...

Auto retrato

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"Sou filho de Deus, o canto é meu melhor jeito de amar, vou me entregar, descobrir, que sou uma pessoa da luz, olhar que seduz a paz..." Sou filho de minha mãe. Meu pai só teve a função de me trazer para o mundo e isso não lhe/  me  diminui e nem lhe/me enaltece. Esse foi o plano que Deus traçou pra minha vida. Não me queixo por essa sorte, agradeço a oportunidade de ingressar nesse mundo mesmo sob essas circunstâncias. Nunca fiquei só, sempre tive pessoas maravilhosas ao meu redor que ajudaram a moldar o meu caráter, me ensinaram valores morais e me apresentou a Deus, o Pai que nos ama, que nos entende e que não tira os olhos de nós em nenhum instante. Disseram-me que Ele está em tudo e em todos e que não fica em um trono de Rei, passando decretos reais, mas que nos convoca a ajudá-lo em suas dificuldades. Havia nele uma humildade sem fim e um amor que transcende qualquer erro que venhamos a cometer. Descobri o meu verdadeiro eu vivendo com essas pessoas, eram meus avós,

E assim os dias vão

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Hoje chorei, deixei que a alma colocasse pra fora muitas coisas, que expelisse tudo o que sentia, fechei os olhos e orei a Deus agradecendo por tê-Lo como amigo pra me acalentar naquele instante, suas palavras de conforto entravam no meu coração transformando o que eu sentia em sentimentos de paz e de entendimento. Solucei, derramei minhas lágrimas sozinho somente pra que Deus pudesse ver, afinal não cabia a mais ninguém presenciar a dor que sentia. Pois é, sentia. Acabou. A cicatrização foi rápida e perfeita e não deixou marca alguma. Dez minutos depois, pasmem, estava eu sorrindo novamente, brincando com o pessoal e tentando alegrar as pessoas ao meu redor, mesmo sendo indagado por todos o que me fizera chorar. Foi a emoção dos momentos que vivi nesse encontro – eu disse desconcertado, mas não mentia. Vivenciei momentos tão simples mais de uma grandiosidade ímpar, em que Deus se revelava tão próximo a mim, tão presente, uma lembrança do meu agora.   Prometi a mim e a Ele que nã

O leite derramado e a tatuagem

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É triste a despedida. Já sinto a dor das letras da palavra SAUDADE sendo tatuadas em meu coração. E tatuagem é pra sempre, mesmo que se cubra com outra ou a retire com os tratamentos avançados existentes hoje em dia, o lugar onde existia será eternamente lembrado. O que posso fazer? O que devo fazer? Parece que o domínio, a força que existia em mim esvaiu entre os meus dedos. Chorar pelo leite derramado? Não! Nunca fiz isso! Nem quando o leite de verdade se perdia pelas bocas do fogão me indicando que além do dinheiro perdido perderia também um tempo a mais com a limpeza do fogão sujo. Sinto raiva, por ter agido com displicência com o leite assim como o fiz com você. Se tivesse tido mais atenção, se fosse mais presente, acho que nada disso teria acontecido. Resta-me agora lavar a vasilha, limpar o fogão, tirar o cheiro de leite queimado da casa e tentar caminhar de cabeça erguida com essa nova tatuagem que ainda sangra o meu peito: SAUDADE, diz ela. Não sabia que sete letras doíam ta
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Uma xícara de chá A conversa a dois Esquecendo do tempo Deixando tudo pra depois
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"Seria mais uma história, se não tivesse tocado a alma"  (Caio F. Abreu)

Eu e o papel

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Só em olhar a brancura com que se pinta uma profunda paz me invade a alma, como se estivesse me esvaziando das minhas angústias internas e regurgitasse no seu branco a escuridão de alguns sentimentos que me acometem, mas que nem sempre são escuros como estes que sinto hoje. Quando falo de amor as folhas de papel assumem uma tonalidade vermelho escarlate e corações invisíveis corporificam uma atmosfera de ternura e de compreensão, até de saudade, às vezes. Outras vezes, porém, o papel vive o azul do carinho, o laranja das alegrias e felicidades, o roxo de indignação e de os marrons de tristeza e raiva. E ele, o papel, pacientemente recebe todas essas informações e sentimentos, idéias e protestos como aquele amigo que silenciosamente entende o que falamos sem nos julgar ou proferir algum comentário a respeito. Quais são as cores para hoje? Ao final do dia quem sabe eu lhes conto...

Somewhere only we know

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E se você tiver um minuto por que nós não vamos falar sobre isso num lugar que só nós conhecemos? Isso poderia ser o final de tudo então por que nós não vamos para algum lugar que só nós conhecemos algum lugar que só nós conhecemos?

Entre sabões, amaciantes e tristezas...

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Esse povo de hoje em dia me inventa cada uma! Agora qualquer tristezazinha de nada é depressão, daquelas que tem que tomar remédio pra sarar. Onde já se viu? Como eu nasci e me criei na roça, aprendi que tristeza sara com uma coisa: trabalho. Nada que uma trouxa de roupa suja pra bater e uma casa pra varrer não resolva! É tiro e queda. Mainha dizia pras filhas mulheres que trabalhando a tristeza saía no suor. E assim estou aqui, vivinha da Silva, sem nenhuma tristeza em minha memória de apenas 75 anos. Das que eu me lembro só das mortes de mainha e painho, mas eu curava no tanque e na vassoura, não dava tempo pra entrar em depressão. Acho que essas doençadas é coisa de quem vive em médico. Eu mesma só apareço em hospital pra fazer visita. Quem procura acha né gente? Vai que numa ida ao doutor eu encontro alguma coisa que não queria achar. O que os olhos não veem o coração não sente, não é assim? Deixa eu quieta no meu canto. Qualquer dor que sinto, eu bebo um chá de cidreira que cur

Saúde pública?

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Dias atrás, o profissão Repórter da Tv Globo tratou a respeito da saúde pública, ou seria da falta dela? Via-se com a reportagem que os preceitos dos direitos humanos não estavam sendo cumpridos. Longas esperas em filas, pessoas sendo feitas de bobas entregues à sorte de um atendimento caótico e desrespeitoso. Profissionais desestimulados e governantes e dirigentes da saúde com a maior cara-de-pau que nem todo óleo de peroba do mundo seria capaz de lustrar, um deles chegando a dizer que a situação da saúde do país era difícil, mas este não renunciara ao cargo de diretor de um hospital como aquele retratado ali, porque sem dúvidas o salário deve ser ótimo e a capacidade de fazer ‘mutretas’ melhor ainda. Onde ficam os valores morais pessoais dessas pessoas? Isso se é que eles existem. A quem recorrer nesses momentos? Quem tem dinheiro e/ ou ousadia adere a um plano de saúde, mas quem não o tem? Fica a mercê do descaso dos governantes e a corrupção latente? Peçamos aos senhores polític

Permita-se!

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Sorriso no rosto mesmo que o coração esteja estraçalhado pela dor. Coitado daqueles que carregam o peso de suas mágoas e tristezas na face. Estes querem causar repercussão pela sua tristeza, chamarem atenção e ser paparicados pelo seu sofrimento. Que fim. Ser xingado, invejado e maltratado e agradecer por isso. Não são o ódio e o amor separados por uma linha tênue, quase invisível? Talvez tanto ódio vindo de uma pessoa seja uma forma de amor não descoberta por ela. Não retribua ódio com ódio. A lei de Talião foi derrubada por Jesus. Oferecer a outra face significa dar através do seu exemplo de vida a oportunidade para que o outro se encontre. E são tantos os que se perderam em si próprios. Amar, amar e amar. Sem exigência alguma ao outro. Não espere que seja recompensado com o mesmo amor que deu. Fique feliz porque você se tornou capaz de amar. O retorno se vier será bem vindo. Viva! Não como se esse fosse o seu último dia no palco da existência, mas como se ele fosse o primeiro. Per

Pés descalços

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Abri os olhos e vi que o mundo estava disposto a se esconder e não se mostrar. Encobrir-se com os pesados tecidos da hipocrisia era mais fácil, revelar-se o tornaria vulnerável a responder as perguntas que nunca deveriam ser feitas por ninguém. Problema dele. O mundo não sou eu. Fazer parte dele não quer dizer que tenha que compactuar com seus sentimentos escusos. É uma pena ver que outros, semelhantes a mim, caminham em direção contrária na qual me proponho aventurar. Tirei os sapatos e senti o chão quente, o calor que fazia era bom e a sola dos meus pés suportaria. Percebi por toda a parte olhos me condenando pelo que fazia. Louco? Acho que a loucura era o menor adjetivo que atribuíam a mim. Entrei no banco. Agora eram as bocas que me censuravam. Ninguém se dava ao trabalho de se dirigir a mim e perguntar o motivo de estar sem os sapatos, falar as escondidas era mais fácil. Como pode entrar num estabelecimento bancário descalço? diziam. Entrei, fiz o que deveria fazer e saí. Na rua,

Saudade e amor

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"A saudade é benéfica ao amor. Distantes, os amantes mensuram o tamanho do bem-querer. Medida que se descobre nos desconcertos da ausência, no engasgo constante da recordação, recurso que faz voltar no tempo, engana as horas, aproxima as peles, diminui as estradas, ancora navios, pousa aviões, faz chegar os ausentes." Extraído do livro Mulheres de aço e de flores , Pe. Fábio de Melo

O velho álbum de um velho homem

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Aquelas mãos cansadas abríram o velho álbum de fotografias para mostrar aos netos as pessoas que passaram em sua trajetória de vida e ilustrar as histórias sempre ouvidas com muita atenção por eles. Passeava entre fotos da juventude e se deparou com um grupo de amigos. A cada um daqueles que estavam ali na foto, ele atribuía momentos de alegria, outros cômicos, tristes, outros ainda de superação. Existia, porém, no centro dessa mesma foto uma pessoa, que mesmo com todo esforço feito para lembrar, a mente do dono do álbum não recordara a importância em sua vida. Um de seus netos curiosos por ele não ter atribuído a essa pessoa nenhuma história perguntou: - Quem é esse vovô? E ele respondeu: - Desses outros me lembro muito bem, alguns não moram mais aqui e nos falamos por telefone e parece que não há distância, somos novamente os amigos da juventude, outros eu encontro sempre na rua e ficamos horas conversando, mas esse aqui eu não consigo lembrar sequer o nome. A sua neta vem logo com

Super-homem

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Eu quero rir, falar besteiras e ver as pessoas ao meu redor felizes com as loucuras que saem de minha boca. Isso pra mim é ter uma atitude positiva perante a vida. Ouvi na semana passada que ser super-homem não é ter super poderes e sim possuir a capacidade de ser humano em toda a sua plenitude. É o fazer graça da própria desgraça, não lamentar-se de situações corriqueiras e não culpar os outros, e muitas vezes até Deus, por nossos infortúnios. Em resumo, é aquela velha história que todos nós sabemos, mas poucos são os que colocam em prática: cada um possui uma vida e a responsabilidade sobre ela, então o que o outro e Deus tem haver com situações que são de nossa inteira responsabilidade? Quero levar esse ensinamento pra todas as coisas que for fazer, afinal é dessa forma que encontramos a verdadeira alegria, provamos a nós mesmos o quanto somos capazes e ainda nos faz enxergar o nosso eu.