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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Encaixe

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A fechadura só é aberta com o encaixe da chave. O cadeado também. O beijo só acontece com o colar dos lábios. O abraço só existe se tiver outro corpo de braço aberto esperando o encaixe. A porta só bate se alguém o fizer. Ou eu, ou o vento. As coisas só acontecem se você quiser ou se o destino, ou Deus, ou o Universo permitir que elas sejam do jeito que se sonhou ou do jeito que as coisas se encaminharam. De todo modo, precisamos de algo, alguém, de uma força que nos leve, não nos solte ou simplesmente nos empurre. Somos incompletos. Mas podemos nos tornar inteiros.

Falta-nos coragem

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Falta-nos coragem. Simples assim. Estamos acostumados a deixar a nossa louça na pia à espera que algum bom samaritano as lave. Esperamos que em meio a uma multidão alguém olhe e veja em nós uma beleza ou especialidade escondida, da qual não temos certeza se temos ou deu preguiça de por pra fora. Acomodados a viver das migalhas alheias, das sombras ostentosas de outrem, de pegar carona no brilho que irradia por perto, mas sem nunca ter os holofotes virados pra si. Falta-nos coragem. Aquela coragem que nos leva pra frente, que nos tira dos bancos do comodismo e nos fez pensar e visualizar o novo, o longe e o por vir. Falta-nos coragem, falta-nos viver. 

Sexo sem amor é vontade.

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Casa vazia. Eles chegam, roupas são atiradas aleatoriamente pelos corredores, beijos, respiração forte, ela derrubou um vaso do aparador, mais roupas caídas na sala de jantar, as prévias, o êxtase, o fim. Ele segue para o banheiro e toma banho. Ela pegue suas roupas pela casa e o espera terminar de tomar banho, sentada no sofá da sala, e depois faz o mesmo que ele. Vestem-se, combinam algo sobre se ver e nunca mais se veem. Vontade. Desejo, tesão apenas. Sem obrigações. Triste. Descartáveis. Sexo sem amor é vontade, repetiria sonoramente Rita Lee. Então, mudemos este fim. Troquemos esse final. Que possivelmente ficaria assim... Casa vazia. Eles chegam, roupas são atiradas aleatoriamente pelos corredores, beijos, respiração forte, ela derrubou um vaso do aparador, mais roupas caídas na sala de jantar, as prévias, o êxtase, o fim. Eles se beijam como se o mundo tivesse para acabar em apenas segundos, depois lembram que terão o amanhã e o depois, e depois e depois. Então tomam banho

Calendário

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Tem gente que passa o ano inteiro dormindo e só resolve acordar às vésperas do novo ano; talvez pra voltar a dormir novamente. Tem gente que depende somente da sorte e não das próprias escolhas. Tem gente que irá consultar a previsão do horóscopo, o I Ching, pular 7 ondas, pular num pé só, combinar cores e fazer simpatias como se isso traçasse seus novos caminhos, pois tem gente que vive das sempre mesmas promessas de final de ano. Gente que diz acreditar no amanhã apenas pra empurrar o hoje com a barriga. Tem gente que perdoa o imperdoável para continuar acreditando no amor. Gente que não sabe que a diferença entre crer e saber é a mesma entre muleta e a chave da prisão. Tem gente que se acostuma com adoçante ao invés de doçuras. Que acredita que uma folha a menos no calendário possa ser sua redenção. Ou que pensa que só o amor de alguém possa ser sua redenção. Tem gente que coleciona entulho a vida inteira pensando ser algo de valor. Tem gente que guarda dinheiro e deixa tud

Good vibes

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Nova página, recomeço. Acho que os inícios tem muito disso, esperança, borboletas no estômago, ansiedade e medo, mas um medo bom. Medo de fazer as coisas de maneira errada novamente, medo de não colocar o que se aprendeu em prática e da forma correta. Que venham os recomeços, o sabor da novidade, a alegria de novas coisas, mas que elas venham, que em nenhuma hipótese possamos conservar as coisas velhas, arcaicas e atrasadas. Adiante, afinal é pra frente que se anda.