É doce morar no mar

Fito o mar e com o vai e vem das ondas me despeço.
Entro na arrebentação e desejo que as águas salinas temperem meu corpo.
Fecho os meus olhos, abro os braços, solto minha respiração e levanto uma prece para a Iemanjá.
Quero que ela me leve para sua mansão de corais no meio do Oceano.
Já não sou mais capaz de morar nesta terra.
Seria doce morrer no mar, disse Caymmi certa vez.
Não quero morrer, quero morar no mar.
Quero a calma e o agito, a bonança e a tempestade.
Quero peixinhos a nadar por mim e em mim.
Quero o mar.
Posso?
Adeus.  

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