Sempre fui aquele...

Sempre fui aquele que escreve as cartas de amor mesmo sabendo que nunca as endereçaria a ninguém e que utilizava o escuro da noite e a lanterna do celular para escrevê-las e depois de um tempo as esquecia dentro de livros que nunca leria.
Sempre fui aquele que não sabe distinguir amizade colorida de paixão avassaladora, que não fragmenta o coração em compartimentos com funções específicas e gerenciadores rígidos. Fui aquele que confundiu um beijo com amor, o sexo com paixão e a amizade com devotamento.
Entretanto, sempre fui o que sentia, o que se entregava de corpo e alma sem pensar em qualquer circunstância ou calcular qualquer trajetória oriunda da minha entrega. Sempre fui o que viveu mais e consequentemente o que mais sofreu.

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